O agronegócio brasileiro celebrou um mês de março de 2025 com números de exportação quebrando recordes, impulsionados principalmente pela forte demanda por soja. Dados do Itaú BBA revelam um desempenho notável em diversos setores, com destaque para o aumento expressivo no volume de produtos exportados.
A soja foi o carro-chefe, com 14,7 milhões de toneladas exportadas, um salto de mais de 100% em relação a fevereiro e um aumento de 17% comparado ao mesmo período do ano anterior. Esse volume representa o maior já registrado para o primeiro trimestre, consolidando a posição do Brasil como um dos principais players globais no mercado de soja. Infelizmente, para os produtores, o preço médio da tonelada sofreu uma queda de 8,2%, fixando-se em US$ 397,7.
Os derivados da soja também tiveram um desempenho interessante. O óleo de soja, em particular, registrou um aumento de 53% nas exportações, com 204,2 mil toneladas vendidas a um preço médio de US$ 1.009,2 por tonelada, um aumento de 14% nos preços. Já o farelo de soja teve um aumento de 15% no volume exportado, totalizando 1,98 milhão de toneladas, embora os preços tenham sofrido uma queda de 20%, para US$ 358,5 por tonelada.
O setor de proteínas animais também contribuiu para o bom desempenho das exportações. A carne bovina in natura registrou um aumento de 30% nas exportações, atingindo 215,4 mil toneladas, com preços médios 8,2% superiores aos de 2024, cotada a US$ 4.898,9 por tonelada. A carne de frango in natura apresentou um crescimento mais modesto, de 3% no volume, totalizando 408,8 mil toneladas, com aumento de 6,5% nos preços.
Outros produtos agrícolas também se destacaram. As exportações de milho tiveram um aumento significativo de 104%, atingindo 870,7 mil toneladas, com o preço médio de US$ 238 por tonelada. O café também apresentou um desempenho positivo, com aumento de 5% no volume, totalizando 219,1 mil toneladas, e um aumento expressivo de 83,2% nos preços, chegando a US$ 6.501,6 por tonelada.
No setor sucroenergético, o etanol registrou um crescimento de 20% nas exportações, atingindo 259,2 mil metros cúbicos, com o preço médio de US$ 580,4 por metro cúbico. No entanto, os volumes de exportação de açúcar VHP e refinado sofreram quedas, com reduções de 32% e 25%, respectivamente, acompanhadas de recuos nos preços.
*Reportagem produzida com auxílio de IA